Nossa! E como eu falei deste filme, que dizer, como a imprensa noticiou Annabelle desde que sua produção foi anunciada como uma bomba no ano passado! Desde então, no gênero de terror só dava ela. E Vou te dizer, estava realmente muito ansioso para ver esse filme.
Como todos sabem, os filmes de terror são de longe os meus preferidos, mas isso fica além do quesito qualidade. Eu realmente me divirto. Entretanto, acredito que no caso de Annabelle a expectativa foi tanta, que gerou em mim uma frustração sem tamanho.
Para quem não sabe, Annabelle é oriunda do longa Invocação do Mal (2013), que no filme de James Wan, a boneca aparecia como coadjuvante sendo mencionada em um dos casos mais sinistros que o casal de demonólogos Ed e Lorraine Warren presenciaram. Daí por diante, como geralmente essas histórias de brinquedos possuídos rendem sempre uma boa bilheteria, salvo o apavorante Chucky, a Warner Bros. não pensou duas vezes e iniciou os trabalhos para um filme solo de Annabelle.
Nesta película a sinopse se baseia na origem da boneca, que aliás também é baseada em fatos reais, pois ela realmente existe. Um marido devoto à sua amada, diga-se de passagem devoto até demais, resolve presentear sua esposa que espera um bebê entregando-a uma boneca (Annabelle) como um gesto de carinho. O problema é que em uma noite bastante sinistra a casa dos dois é invadida por seus vizinhos totalmente descontrolados, que tentam matar a mãe do bebê. Os invasores são mortos nos recinto, porém como eles faziam parte de uma seita satânica, o espírito maligno que os acompanhavam passa a fazer parte do corpo de Annabelle. Aí a história se desenrola.
Então, como disse anteriormente, a película me decepcionou bastante. Muito do que se podia ter aproveitado em relação a sustos e uma trilha mais efetiva foi desperdiçada com takes totalmente clichês e desnecessários. Achei que estava tudo muito Nicolas Sparks no conjunto da obra em si, digo principalmente na relação entre o casal protagonista, fora outras cenas repetitivas como a dos papéis da escada, a bibliotecária entendida e a cena do elevador, que mesmo sendo totalmente clichê, acredito que tenha sido a melhor do filme.
Também achei a sonoplastia e a trilha bem fraca, podiam ter feito um trabalho bem melhor, pois é isso que dá vida a um filme de terror, bobearam. Outra, até destaco a aparição da entidade maligna lá como um ponto positivo, entretanto erraram mais uma vez ao apresentá-la em cenas sem impacto algum (o que foi quela da janela?). E para finalizar, acho que o final também poderia ter sido melhor que aquela coisa Ghost: Do Outro Lado da Vida que nos foi apresentada. Fiquei com vergonha alheia, juro!
Não destaco nenhuma atuação em si, achei até que a atriz Annabelle Wallis, que interpretou a protagonista Mia, teve um desempenho abaixo do esperado. Todavia penso que o filme merece ser visto, nem que seja para poder acompanhar o que está por vir.
Trailer: