Crítica: Hidden (2015)

31 jan

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Hidden é mais um daqueles casos de filmes de pouca popularidade, mas que nos surpreendem da melhor maneira. Estava eu aqui em casa em mais um sábado à noite, sozinho, então resolvi apostar num cineminha para me divertir. Alguns gostam de séries e não saem da Netflix, já eu não perco a oportunidade de assistir a alguma produção cinematográfica.

Com um orçamento modesto e um elenco bem afiado, Hidden, ainda sem título em português, entra na mesma categoria de outros longas do gênero lançados em 2015, como Apocalipse (Extinction) e The Hallow. A produção da dupla The Duffer Brothers (Matt Duffer e Ross Duffer) faz a sua aposta em cima de um roteiro voltado para uma trama mais intimista, porém de grande efeito.

O longa acompanha o drama vivido pelo pai de família Ray (Alexander Skarsgard), sua esposa Claire (Andrea Riseborough) e sua filha Zoe (Emily Alyn Lind), que tentam sobreviver dentro de um abrigo, após a cidade onde moravam ter sido atacada por seres misteriosos. Esses seres chamados de “Os Respiradores”, aparentemente dizimaram toda a humanidade, deixando um rastro de caos e destruição.

A película apresenta um clima totalmente pós-apocalíptico, tudo que já estamos acostumados a ver em filmes de zumbis e outros do gênero. No entanto, o seu grande efeito segue a partir de uma direção completamente precisa, que nos leva a interagir de fato com todo o elenco. Os irmãos Duffer constroem uma relação de expectativa com direito a bastante suspense através de diálogos bem encaixados em um ambiente totalmente claustrofóbico.

O que a princípio poderia indicar uma sensação de cansaço devido a trama se passar quase que inteiramente dentro de um único ambiente, é superada pelas excelentes atuações de Skarsgard (o eterno Eric Northman de ‘True Blood’), Andrea Riserborough (Oblivion) e a pequena Emily Alyn Lind (Evocando Espíritos 2). Esta última então chega a roubar a cena em vários momentos. Confesso que fiquei com uma certa raiva da personagem dela durante o filme (oh garotinha inconveniente..rsrs).

O roteiro passa longe de ser inovador, de fato, mas ele consegue trazer bons ganchos e ligá-los para a construção de uma trama bem uniforme. Ele não nos apresenta qualquer brecha para o que viria acontecer posteriormente, sua condução é dada aos poucos, passo a passo. Já o final surge para cumprir e muito bem a missão do longa, nos apresentando uma certa mensagem de conceito moral em meio a grandes revelações. Hidden termina de forma concisa e com a sensação de dever cumprido. Excelente dica.

Trailer:

2 Respostas to “Crítica: Hidden (2015)”

  1. centoundici julho 17, 2016 às 7:42 am #

    Republicou isso em Terror completo. [WP]e comentado:
    Crítica simples, sucinta e que expressa muito bem o que senti vendo esse filme esta semana 🙂

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